A TRANSFIGURAÇÃO (Mt. 17,1-9)
O texto nos remete a dois momentos. No primeiro Mateus relata a visão do Ressuscitado.
Tal como no Apocalipse Jesus é visto como aquele que É. O rosto como o sol e as vestes brancas como a luz.
O sol representa a divindade. Ver o rosto brilhar como o sol significa ver o rosto de Deus.
As roupas brancas significam a pureza. O Cordeiro de Deus sem manchas. Jesus é maior do que Moisés e Elias. É o Pastor e Profeta.
O convite à reflexão é para hoje. Sair da simples história e trazê-la para a minha vida.
Como eu vejo esse Jesus de Nazaré? Um profeta? Um mártir?
Até que ponto eu posso ver o seu rosto divino?
É preciso perceber em Jesus a clareza da divindade. Sentir e contemplar o seu rosto. Mostrai Senhor a Vossa face e seremos salvos.
Divindade esta que se estende também às pessoas ao meu redor. Ver traços dessa divindade no outro. Enxergar com o coração o melhor do outro.
E que traços são estes?
Em primeiro lugar o amor. Depois suas consequências: a solidariedade, a caridade, a justiça, a bondade e outras milhares.
Mas, há a veste branca. As questões se repetem: até que ponto eu posso sentir e reconhecer a pureza de Jesus e da Sua mensagem?
Como acontecem em mim, os reflexos dessa pureza? Até que ponto eu a levo ao mundo, quando amo com gratuidade, sou solidário, justo, caridoso, bondoso e tudo o mais de puro, belo, humilde e simples.
No segundo momento vem o convite à missão. É muito bom ficar na contemplação. Mas, ficar só ali pode me fazer egoísta. Isto é, querer o lado bom só para mim. É preciso descer à planície. É preciso ajudar aos demais aprender a sentir momentos de Tabor.
Tomar a missão de humanizar o mundo sem medo."Levantai-vos e não tenhais medo".
Entretanto, fica o alerta de Jesus. Não adianta contar nossa experiência. É preciso colocá-la na vida.
A única maneira de mudar o outro é mudando nossas atitudes. Ele só vai perceber quando sentir nele mesmo os efeitos da Ressurreição.
Com fé, paciência e perseverança poderemos transmitir com nossos exemplos um pouco de luz e de brancura. Hoje mais do que nunca neste nosso mundo tão carente de luz e de paz.
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