As vezes temos uma tendência de achar que uma obra de arte já nasceu pronta, esquecemos do tempo de criação, inspiração e transpiração. Fazemos o mesmo com as pessoas, julgamos que para o outro tudo foi fácil e aconteceu por predestinação ou por algum tipo de ajuda especial. Já quando tratamos de nós mesmos, temos uma tendência de valorizar tudo, criar uma odisseia e até bravatas. Outra vezes, temos medo ou outras razões para compreender a humanidade do outro e ser castigado por isso, especialmente quando falamos de Jesus, de Maria ou de outras personagens proféticas. Olhamos muito para o Cristo Ressuscitado e esquecemos da sua natureza humana. Com isso, por mais paradoxal que seja, desqualificamos Sua Pessoa, julgando que tudo para Ele foi fácil e mágico. Talvez, santa Terezinha tenha ido mais além, como tantos outros, ao dizer: "Meu Jesus, se vós não fosse o Deus que eu sei que é, te adoraria assim mesmo pelo homem maravilho que foste". Aí está a ideia fundamental deste blog, meditar a respeito desta figura humana do Homem de Nazaré e saborear um pouco da Sua experiência como Homem de Verdade, ou seja, não é suficiente ter fé Nele, é preciso adquirir um pouco da Sua própria fé para compreender Sua missão de dar vida e Vida em Plenitude (Jo, 10,10). Valendo do momento do Seu nascimento neste Natal, pretendemos iniciar a publicação de algumas reflexões a luz de uma visão Cristocêntrica e humanista. Não pretendemos criar polêmicas e nem doutrinar ninguém. A motivação é profetizar dentro de uma teologia livre e ecumênica a aqueles que se sentirem dispostos a isto. Para melhor interagir com esta aborgem, seria importante uma experiência prévia da psicopedagogia humanista de Rogers e do método de Rochais, divulgado por PRH (Personalidade e Relações Humanas).